sábado, 27 de novembro de 2010

Campanha para se dar o nome do eminente fundador desta cidade (3º da Série: "Goiânia, Cidade Maravilha")

(3º da Série: "Goiânia, Cidade Maravilha")
Lançamento de uma campanha para se dar o nome do eminente e saudoso fundador desta cidade, o Dr. Pedro Ludovico Teixeira, ao aeroporto de Goiânia, ora em expansão e que tomou o nome do Setor onde se encontra localizado, Santa Genoveva, desde a sua construção.
Conclamo, ao lançar esta campanha, a todos os amantes desta linda cidade de Goiânia, tenham ou não aqui nascido, goianienses de coração, que todos somos, a serrarem fileira em prol desta campanha que acabo de lançar, com o espírito patriótico e de amor à terra. Contamos com o apoio de toda a população, das autoridades e principalmente dos Vereadores da cidade, porque a união faz a força.
A exemplo da denominação dada ao aeroporto de Brasília, “Juscelino Kubitschek de Oliveira”, nome do fundador da bela Capital de nosso país, não menos merecida será a escolha do nome do fundador desta magnífica cidade de Goiânia, a qual todos adoramos e que, a nosso pedido, deverá chamar-se Aeroporto Pedro Ludovico Teixeira.
Este notável estadista, cuja biografia é conhecida de todos nós e que aqui expomos em breve resumo, com o auxílio de algumas informações do Sr. Iris Rezende, em seu livro "A saga da construção de Goiânia, no coração do Brasil" nasceu na cidade de Goiás, no dia 23 de outubro de 1891. Estudou no Liceu de Goiás, que havia sido fundado em 1846 e, ao terminar o curso no Liceu, seguiu para o Rio de Janeiro, onde se formou em medicina.  De volta ao seu Estado Natal, em março de 1916, permaneceu na cidade de Bela Vista, onde começou a clinicar. Em 1917, mudou-se para Rio Verde e, no ano seguinte, casou-se com Dona Gercina Borges, filha do ilustre fazendeiro, comerciante e Senador, Antônio Martins Borges. Em 1919, ajudou a fundar o jornal O Sudoeste, por meio do qual disseminou as suas ideias de combate ao situacionismo estadual, numa campanha contra o governo do Estado, na época chefiado por membros da ilustre família Caiado. Lutava pelo maior desenvolvimento do seu Estado, cuja Capital não comportava qualquer expansão, dada a sua situação geográfica e tinha como ideal a mudança da Capital para uma região mais propícia ao desenvolvimento.  Em 1930, viu que os seus ideais eram semelhantes aos dos brasileiros que levantaram a bandeira do progresso e do desenvolvimento, com a notável campanha da “marcha para o Oeste” e foi assim que aderiu à revolução naquele ano. Depois de vários contratempos, em que chegou a ficar detido durante 14 dias em Rio Verde, na cadeia local, foi, finalmente, liberto, com a vitória da revolução e em seguida nomeado Interventor do Estado. Pôde, assim, Pedro Ludovico, continuar no seu sonho de mudança da Capital, sonho esse que foi aos poucos tornando-se realidade, chegando, em 1932, a obter, para a realização do seu intento, o apoio da Assembleia Legislativa, com a aprovação do Projeto de Lei, autorizando a mudança.  Pedro Ludovico nomeou uma Comissão, encarregada de escolher uma região no Estado que melhor abrigasse a Nova Capital e que atendesse às necessidades futuras de desenvolvimento e expansão, cujo nome foi escolhido o de Goiânia, em concurso público.
No dia 24 de outubro de 1933, chegavam ao local da futura cidade de Goiânia as caravanas para a cerimônia do lançamento da Pedra Fundamental, entre as quais figurava uma, vinda de Santa Cruz de Goiás, organizada pelo Prefeito local, saudoso genitor deste que inicia a presente campanha, o sertanista e fotógrafo da Comissão Rondon, entre 1907 e 1910, Luiz Leduc, ex-professor de francês no Liceu de Goiás e amigo pessoal de Pedro Ludovico.
Árdua foi a sua tarefa, na direção das obras e, ainda, enfrentando a oposição dos que não queriam a mudança, não queriam perder as suas benesses na velha Capital e que procuravam, a todo custo, impedir a viagem dos móveis e material de escritório do Palácio Conde dos Arcos para Goiânia, sabotando os transportes, fazendo parar os caminhões, quebrando móveis e derramando a papelada oficial na estrada.
Nada disso, porém, fez com que o sonho do realizador fosse interrompido.
Quatro anos de obras na região, com mil e uma dificuldades, desde o desmatamento do serrado, até a implantação do projeto, construção dos arruamentos e levantamento dos principais prédios de Administração, eis que, em  1937, foi dada por concluída a obra, que teve o seu batismo cultural em 1942, quando Goiânia foi oficialmente inaugurada. Daí em diante, a cidade não parou de crescer, atraindo multidões de todos os recantos, que para cá vieram ajudar no seu desenvolvimento e assim a transformaram, em poucos anos de existência,  numa megalópole, hoje dotada de uma das mais lindas estações rodoviárias do mundo e os administradores da cidade sempre seguindo o projeto urbanístico inicial, criado pelo seu fundador, da obrigatória realização de obras de infra estrutura completa, por ocasião da implantação de cada rua, cada quadra, cada Setor.
Esta grande obra, criada por Pedro Ludovico Teixeira, alavancou o progresso de todo o interior do Brasil, constituindo-se, até, em ponto de apoio para a construção da nova Capital do país, Brasília, inaugurada em 21 de abril de 1960 e criada, como já dissemos acima, por outro também grande estadista brasileiro, Juscelino Kubitschek de Oliveira, por coincidência, ambos profissionais da  medicina.
Contando com o apoio dos goianienses que aqui residem, aqui militam e que amam esta terra, aguardamos com ansiedade o coroamento desta campanha, com a aprovação final pelas autoridades competentes.